quinta-feira, 22 de maio de 2014

Aula 05 - Teorias do Texto


Nesta aula o tema trabalhado foi a concepção de leitura, retomamos a intertextualidade e suas vertentes; a paráfrase, a paródia, o pastiche e a referência.

Com relação a concepção de leitura estudamos que foco no autor é quando o leitor simplesmente deverá captar a “intenção” do autor, ou seja, nesta leitura não se leva em consideração as experiências o leitor e, somente a ideias do autor. Foco no texto, exige que o leitor veja a linearidade no mesmo, pois tudo que ele necessita para entender o texto está no mesmo, esta leitura também não exige do leitor sua sabedoria de vivências, mas precisa de sua atenção para reconhecer no texto um sentido. Foco na interação autor – texto - leitor, nesta o leitor é visto como autor/construtor social, ele precisa conhecer os elementos linguísticos presentes na superfície textual e sua forma de organização, porém a leitura requer ainda uma mobilização de um vasto conjunto de conhecimentos por parte do leitor.

Vimos também sobre pluralidades de leituras e sentidos, onde um mesmo texto (seja ele qual for, ou qualquer aspecto sujeito a análise) pode ser compreendido de muitas formas diferentes.

Compreendemos ainda que dentro da intertextualidade há duas formas diferentes: A paráfrase (as palavras são mudadas, mas a ideia do texto base permanece) e a Paródia (contesta e/ou ridiculariza outros textos).

Além disso, há o Postiche (é a imitação rude de outros criadores) e a Referência (é o ato de mencionar determinadas obras). Ao estudar que o intertexto não se refere apenas a textos literários, a professora nos trouxe outros exemplos de intertextualidade; a propaganda, a música, as novelas entre outros.

Exemplo de Paráfrase:

Texto Original

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).

Paráfrase

Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!

(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
 
Exemplo de paródia:
 
 
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
 
 

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