Nesta aula o tema trabalhado foi a concepção de
leitura, retomamos a intertextualidade e suas vertentes; a paráfrase, a
paródia, o pastiche e a referência.
Com relação a concepção de leitura estudamos que foco no autor é quando o leitor simplesmente
deverá captar a “intenção” do autor, ou seja, nesta leitura não se leva em consideração
as experiências o leitor e, somente a ideias do autor. Foco no texto, exige que o leitor veja a linearidade no mesmo, pois
tudo que ele necessita para entender o texto está no mesmo, esta leitura
também não exige do leitor sua sabedoria de vivências, mas precisa de sua
atenção para reconhecer no texto um sentido.
Foco na interação autor – texto - leitor, nesta o leitor é visto como autor/construtor
social, ele precisa conhecer os elementos linguísticos presentes na superfície
textual e sua forma de organização, porém a leitura requer ainda uma
mobilização de um vasto conjunto de conhecimentos por parte do leitor.
Vimos também sobre pluralidades de leituras e
sentidos, onde um mesmo texto (seja ele qual for, ou qualquer aspecto sujeito a
análise) pode ser compreendido de muitas formas diferentes.
Compreendemos ainda que dentro da intertextualidade há
duas formas diferentes: A paráfrase (as palavras são mudadas, mas a ideia do
texto base permanece) e a Paródia (contesta e/ou ridiculariza outros textos).
Além disso, há o Postiche (é a imitação rude de outros
criadores) e a Referência (é o ato de mencionar determinadas obras). Ao estudar
que o intertexto não se refere apenas a textos literários, a professora
nos trouxe outros exemplos de intertextualidade; a propaganda, a música, as
novelas entre outros.
Exemplo de Paráfrase:
Exemplo de Paráfrase:
Texto
Original
Minha
terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase
Meus
olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Exemplo de paródia:
Texto
Original
Minha
terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha
terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).
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